A votação do Orçamento-Geral da União para 2013 deverá ocorrer no dia 5 de 
fevereiro do ano que vem. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (26/12) pelo 
relator da proposta orçamentária, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
 
Segundo ele, havia a possibilidade de a votação ser feita pela Comissão 
Representativa do Congresso nesta semana, mas isso poderia abrir um “precedente” 
que não seria bom para o andamento dos trabalhos do Congresso no ano que 
vem.
 
Romero Jucá disse que está sendo costurado um acordo com as lideranças dos 
partidos da base governista e da oposição para viabilizar a votação no início de 
fevereiro.
 
“Estamos fazendo um entendimento amplo com a base do governo e da oposição 
no sentido de não votar na Comissão Representativa e aguardar para votar em 5 de 
fevereiro. Há um compromisso, uma posição quase unânime de votar nesta data. 
Todos, em tese, chancelaram esse entendimento.”
 
De acordo com Jucá, a preocupação inicial era que o adiamento da votação 
para o ano que vem prejudicasse os investimentos e as desonerações tributárias 
previstas na proposta orçamentária.
 
“A minha preocupação é que, como não tivemos entendimento com a 
oposição, o mês de fevereiro se esticasse com o debate e [o Orçamento] só 
pudesse ser votado no final de fevereiro. Isso geraria um problema de atraso 
grande para a retomada do crescimento, do investimento e a tentativa de inverter a curva do PIB [Produto 
Interno Bruto] para que possamos chegar aos 4,5% previstos.”
 
O adiamento da votação do Orçamento, que vem com o acordo entre os 
partidos, segundo Jucá, é importante, porque em 2013 serão votadas matérias 
importantes.
 
“Não estamos fazendo um acordo de procedimento apenas para votar o 
Orçamento. Estamos iniciando um ano que é decisivo para o Brasil. Vamos ter que aprovar muitas matérias importantes e, 
por isso, é preciso começar o ano num clima de entendimento.”
 
Romero Jucá informou que o governo está elaborando uma medida 
provisória (MP) para resolver a questão dos créditos suplementares que não foram 
aprovados pelo Congresso 
Nacional neste fim de ano por causa do impasse na votação dos 
vetos ao projeto de lei dos royalties do petróleo e da decisão inicial do 
ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.  O senador disse que não tem 
informações sobre a MP, mas informou que ela será editada nesta 
semana.
 
Quanto ao reajuste dos servidores públicos que fizeram acordo com o 
governo antes do final de agosto, o Jucá informou que eles vão receber a partir de 1º de janeiro o 
reajuste de 5%. Os servidores de oito categorias que fizeram acordo depois 
daquele mês só receberão o reajuste depois de aprovado o 
Orçamento.
“Teremos que votar, antes, a alteração na LDO [Lei de Diretrizes 
Orçamentárias] para possibilitar a votação dos projetos de lei que dão aumentos 
a essas categorias”, disse Jucá.
Segundo o senador, as categorias que fizeram acordo até 31 de agosto estão 
contempladas no 1/12 de recursos que o governo pode gastar até a aprovação do 
Orçamento com despesas de custeio e pessoal.